terça-feira, 24 de março de 2009

A polêmica sexoterapia para o público especial

Quem recomendaria terapia sexual para doentes mentais? Por mais insólita que pareça, a indicação partiu de alguns profissionais de saúde, a pretexto de acalmar jovens portadores de deficiência mental. Embora se propale na mídia abertura sexual, ainda convivemos sob a égide do tabu, implicitamente detectado na convivência social. As prostitutas ainda sofrem com a exclusão de alguns segmentos sociais que vêem nela uma suposta ameaça à integridade da instituição familiar, mas não costumam dispensar os serviços dela. Por que será?
O jornalista Alexandre Lyrio conseguiu expor, satisfatoriamente, as controvérsias acerca do assunto. No tocante às doenças venéreas, há possibilidade de adquiri-las, se não houver a prevenção necessária. Merece dizer que prostituta não é um poço de doença, na verdade, uma profissional que convive com riscos de toda sorte, não apenas de doenças.
Vale a pena evocar o clichê “sexo é vida”. Levo isto a sério. Todavia, afetividade verdadeira nunca será conquistada em algumas horas de transa à base de grana, convenhamos. Por melhor que seja o tratamento dispensado, a clientela normal sentirá em algum momento a necessidade de construir afeições, no lugar de comprá-las. Talvez se acredite que a iniciação sexual desse público seja uma “caridade” dos pais. Como avaliar, de fato, o impacto dessa motivação sexual na mente de quem percebe o mundo diferente de nós?

6 comentários:

  1. Acredito que essa nova modalidade, trará riscos eminentes a esse público especial, apartir do momento, que eles serão tratados como meros clientes.
    Nos últimos meses, houveram várias notícias de abuso sexual, com criaças especias e esses crimes na maioria das vezes, eram praticados por membros da própria família.
    Isso precisa ser acompanhado bem de perto não se sabe ainda, sua eficácia gostaria de saber, a opnião do meio científico.

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  2. Os portadores de necessidades especiais precisam ser alvo de cuidados mais específicos por parte desses profissionais de saúde. Percebo que estes médicos é que estão percebendo um mundo diferente .
    Como diz o adágio popular : de médico e louco todo mundo tem um pouco!

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  3. Errata: Estes médicos é que estão percebendo um mundo diferente...

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  4. Sei que é um grande clichê dizer que a "prostituição" foi a primeira profissão do mundo. MAs de fato foi. Ter um olhar para as "profissionais do sexo" muito ocidentalizado e com uma lavagem cerebral religiosa, transforma em preconceito essa profissão. Inclusive transformando-a em criadora de doenças e no caminho mais facil para adquiri-las. O que n~~ao corresponde com a realidade já que pra se adquirir uma DST não precisa estar na cama com uma prostituta. Valeu pelo recado Cristiano. Bom texto.

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  5. Quem é doente aí, o médico ou o paciente?

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