Ao nos depararmos com o falecimento de pessoa querida, desejamos a ela um descanso em paz. Mas não é isso que aconteceu a treze corpos “esquecidos”, desde 2006, no Hospital Municipal Lourenço Jorge, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com o site do G1, há corpos sem identificação e outros ignorados pelas famílias. A direção do hospital e os juízes da 6.ª Zona de Registro Civil se reuniram hoje a fim de providenciarem a liberação judicial para os cadáveres.
Isso é o cúmulo do absurdo!
Se nos atentarmos para o quadro, temos a sensação de estar em um beco sem saída. Ou somos vítimas dos papa-defuntos, investindo contra os bolsos dos familiares, ou ficamos à mercê dos rituais hospitalares e cartorários. Há muito que a morte se tornou um evento rentável e, ao mesmo tempo, banalizado. A despeito do ritmo frenético em que vivemos, fujo desse olhar descartável para quem se foi e vou ao encontro da introspecção.
Minhas antenas não conseguiram captar o porquê da omissão familiar em não reclamar alguns corpos. Até os criminosos são assistidos por seus entes queridos, na última hora. Seria uma possível extorsão praticada por alguns funcionários do hospital contra alguns familiares (carentes)? Ou os cadáveres seriam desviados, pelas brechas da lei, para fins de experimentos por algum magarefe?... Tantas conjecturas e nenhum sentimento.
Balé da vida
Há 13 anos
Realmente, Cristiano, isse foi um erro catastrófico.Penso que a sociedade está tão individualista que até o respeito que deveria-se ter para com os mortos não existe mais.
ResponderExcluirO descaso pela vida humana tornou-se comum em nossa sociedade. A banalização da morte e a ausência de sentimento para com o próximo pode ser visto neste episódio fatídico e repugnante.
ResponderExcluirÉ uma pena que o destino desses corpos, talvez, possa ser a fria mesa de uma universidade. Os mortos vai virar objeto de estudo, já que não é mais permitido fazer aulas práticas de anatomia com animais.
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